05/12/2019

O pré-sal no Brasil e a busca por energias alternativas

É de conhecimento geral do brasileiro a existência do pré-sal: tema recorrente desde 2006, a camada de matéria orgânica foi amplamente anunciada e passou por momentos de euforias e caminhos tortuosos.

Esta semana ela volta a ser assunto em todos os jornais brasileiros e estrangeiros, e seguindo a tendência, como um – incerto – furor.

Ao mesmo tempo, em escala mundial, se discute cada vez mais o uso das energias alternativas e de menos impacto ecológico.

Pré-sal e o boom da exploração

No fim de 2006, a empresa Petrobras fez o primeiro anúncio público, e consequentemente ao mercado financeiro, sobre o descobrimento da camada de pré-sal no litoral brasileiro.

O pré-sal é uma placa formada abaixo do sal dos oceanos: uma formação rochosa, que depois de anos de acúmulo, se transforma em uma das matérias primas mais requisitadas do mercado mundial, o petróleo.

De acordo com as previsões do governo na época, esta matéria orgânica daria ao Brasil uma visibilidade como exportadores, contabilizado neste período em bilhões de barris.

Em 2010 a Petrobrás executou uma das maiores capitalizações mundiais, tornando públicas suas ações e tornando-se a segunda maior empresa petroleira do mundo, atrás apenas da americana Exxon. Capitalização esta necessária para obter recursos para a extração, por exemplo. Depois de anos de euforias e frustrações, visto a dificuldade de extração e escândalos políticos, o pré-sal foi um tema quase obrigado a ser deixado de lado.

Para ler mais sobre investimentos, indicamos: Psicologia do Investimento, 5 dicas que você não pode ignorar.

O pré-sal na atualidade

Após alguns anos e em uma tentativa de reanimar o mercado financeiro, foi anunciado pelo atual governo brasileiro o segundo leilão – o primeiro ocorreu em 2013, que não obteve resultados promissores. O segundo leilão foi anunciado nesta semana e ocorreu na quarta-feira, 06 de novembro.

Apesar do otimismo por parte do governo, o leilão por agora não apresentou a arrecadação prevista, vendendo apenas dois dos quatro consórcios anunciados. Também podemos apontar como um fator importante a baixa procura do mercado pelas ações do pré-sal, que demonstra uma menor procura de investidores estrangeiros e consequentemente, na alta do dólar nas bolsas de valores brasileiras.

Energias alternativas e as constantes do mercado

Dentro do mercado financeiro, podemos afirmar que o petróleo siga como uma constante pelos investidores. Mesmo com cenários muitas vezes conflituosos por parte de potências mundiais, é uma matéria prima (commodity) de grande valor agregado.

Mas não só o petróleo segue como potencial de investimento – nacional ou internacional -, mas também outros tipos de energias, como o gás natural ou elétrica. Atrelado às temáticas mundiais de sustentabilidade e também de custos de produção, é cada vez mais comum e requisitada as compras de este tipo de ativos. Podemos afirmar que a busca por energias alternativas seguirá em voga e crescente dentro do mercado financeiro e, juntamente com o petróleo, uma das operações mais substanciosas para o investidor.

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