O Rali financeiro, ou Rali de fim de ano é um período e padrão sazonal que reflexa um comportamento de alta nas bolsas – principalmente na norte-americana – no último trimestre do ano. Historicamente os últimos três meses possuem uma rentabilidade maior do que a média dos primeiros nove do ano.

Esse “padrão” do mercado advém deste período tão marcado, onde as vendas e o consumo de alguns setores disparam de forma acelerada; além disso, o período é marcado por um forte consumo por parte da sociedade, que se vê cometida pelas épocas de festividades.

Entenda mais sobre o consumo de época no artigo: Black Friday e os fenômenos do consumo.

É curioso pensar que o crescimento econômico de um país, ou do mundo, nem sempre vão de encontro ao cenário político no qual está involucrado. Trocando em miúdos, em uma situação de conflito também pode existir prosperidade econômica. Mas como isso pode existir?

O cenário parece um pouco estranho à primeira vista. Em meio a uma guerra comercial como vivemos agora, entre China e Estados Unidos, como o mercado financeiro e as grandes empresas lucram com isso? O que propomos aqui hoje é destrinchar alguns destes mitos e também explicar como funciona o fenômeno invisível – e não menos conhecido – que chamamos de Rali Financeiro.

Um breve histórico

A fins da Segunda Guerra Mundial, ao contrário do que poderia se pensar a princípio, a maioria dos países envolvidos tiveram um crescimento econômico repentino e vertiginoso. Esse fenômeno foi conhecido como Boom econômico ou Era de Ouro do capitalismo.

Período este em que os países, tanto os baseados em economias de livre-mercado, como Estados Unidos e Reino Unido, como em economias ditatoriais e estatais, como Rússia e Alemanha, usaram o período pós-guerra para incentivar o crescimento econômico e o consumo da população. Ao mesmo tempo, a partir já dos anos 70, países da Europa Ocidental e Asiáticos tiveram seu crescimento muito mais destacado.

O curioso sobre estes fatos históricos e sua relação com a economia é que dados comprovam que desde o ano de 1944 e principalmente a partir dos anos 70, o último trimestre do ano é o mais rentável do ano.

Fim do ano: festas pro mercado

Falando tanto de eventos históricos ou de atualidades, se comprova que os períodos de conflitos, que não necessariamente são bélicos, mas também os econômicos como vemos agora, são permeados por subidas dentro do mercado.

Mais importante ainda, o período que vivemos agora, que se iniciou em novembro, e segue até janeiro, é marcado por estes despontes – que podem ser observados nos gráficos do mercado financeiro, mas também no consumo, que é visto e vivido por qualquer pessoa que vá em um shopping agora na época natalina e no pós-Natal.

É importante, portanto, destacar que embora vivamos em épocas de recessão, ou de contração econômica, o consumo e o mercado costumam reagir de uma maneira mais independente e de acordo com outros fatores sazonais.

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